Tem coisas que acontecem que a gente não consegue esquecer. É com esse mote que a dramaturgia da peça Sutil se sustenta. Uma peça criada a partir de depoimentos sobre violência, medo, trauma e também sonhos e utopias que nos constituem como indivíduos, mas também como sociedade. Um ator que lida com a memória da infância em uma pedreira no cerrado brasileiro é o ponto de partida. Entre relatos de truculências cotidianas chegando também aos delírios fantásticos, é formado um mosaico de violências sutis. O que a escola pode ter a ver com elas? Quais faróis a educação pode acender para apontar outros caminhos? Quais medos ainda estão guardados no fundo da memória? Numa itinerância real dentro de uma escola pública, Sutil propõe que a plateia retorne aos bancos escolares, numa experiência compartilhada convocando que cada um queime publicamente alguns de seus medos.
FICHA TÉCNICA:
Direção
Fabiano Dadado de Freitas
Atuação
Gabriel Cardoso
Dramaturgia
Fabiano Dadado de Freitas e Gabriel Cardoso
Produção
Melíflua Produção Cultural
Assistente de Produção
Fernanda Faria
Designer
Arthur Nelson Abreu
Trilha Sonora Original
Bertrand Leal
Figurinos
Yani Ramos
Joana D’Arc
Edição de vídeo, fotografia e teaser
Rafael Ferraz
Intérprete de Libras
Comunicação e Assessoria de Imprensa
Narelly Batista
Psicóloga do debate
Iara Caixeta
Técnico de áudio e vídeo
Thiago Aguiar Dourado
Adereços
Lucas Carvalho
Vozes
Ale Carneiro / Fernanda Faria / Gabriel Saito / Ilmara Damasceno / Jessica Barbosa / Juracy De Oliveira / Lucas Pedro / Ludmyla Marques/ Maria Lucas / Mauricio Lima / Nely Coelho / Raphael Bacelar / Rodrigo Cunha/ Ronaldo Serruya / Ronei Vieira / Saulo Dallago / Tallita Barbosa
Dadado de Freitas é artista da cena. Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, tem como foco de pesquisa a encenação, a performance, a política e a presença de corpos dissidentes. Neste momento tem 3 indicações ao Prêmio Shell de Teatro pela dramaturgia, direção e iluminação da peça Arqueologias do Futuro, do Museu dos Meninos, com o qual colabora desde 2019. Dirigiu 3 maneiras de tocar no assunto que estreou no Teatro Poeira, no Rio 2019 e realizou a Circulação Norte e Nordeste pelo Instituto Cultural Vale em 2024, pelo qual foi indicado aos Prêmios Cesgranrio e APTR de melhor direção. Em 2023 estreou Sutil, na cidade de Anápolis, Goiás e também dirigiu diversos espetáculos no Rio, São Paulo, Amazonas e realizou residências internacionais em países como Holanda, Bélgica e África do Sul. Acredita na transgressão pela palavra, no corpo como dissidência e exercita a bichice e o desbunde como formas militantes de vida e de existência.